segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Veto político à Marcha sobre a ponte 25 de Abril, com pretextos falsos e mentirosos

CGTP mantém intenção de realizar marcha na ponte 25 de Abril 

 
 

A CGTP-Intersindical Nacional manteve hoje a  intenção de realizar uma marcha na Ponte 25 de Abril, a 19 de outubro, apesar  de se terem invocado "pretextos falsos e mentirosos" no parecer técnico  desfavorável do Sistema de Segurança Interna. 

O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, refutou a existência  de "questões técnicas de segurança" e considerou que o "problema deixou  de ser técnico e passou a ser político", acrescentando que "o que é normal  para um corrida (de atletismo) não é para uma manifestação". 
O Sistema de Segurança Interna (SSI) deu um parecer técnico desfavorável  à realização, a 19 de outubro, por parte da CGTP, de uma marcha de protesto  cujo itinerário inclui a ponte 25 de Abril, invocando diversos riscos de  segurança. "A CGTP-IN não deixou de registar que já se realizaram várias iniciativas  de grande dimensão na Ponte 25 de Abril, envolvendo dezenas de milhares  de participantes, onde estas questões foram ultrapassadas", disse o sindicalista.
Referindo que não "houve qualquer objeção na marcha prevista para a  Ponte do Infante", no Porto, no mesmo dia, Arménio Carlos referiu que foram  também "levantadas questões relacionadas com a plataforma ferroviária" da  Ponte 25 de Abril. "Não haverá qualquer acesso à plataforma do comboio. Antes, houve corridas  em que os comboios circulavam ao mesmo tempo que as iniciativas e não compreendemos  por que razão se fala agora nesta situação", disse. 
Arménio Carlos afirmou que se está a realizar "um veto político" e sublinhou  que a CGTP-IN está recetiva a resolver a questão através do diálogo, anunciando  nova reunião com o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, com  quem esteve reunido hoje. 
Esta reunião, informou, decorrerá ainda dirante esta semana e terá a  presença dos presidentes das câmaras municipais de Lisboa e Almada e do  Sistema de Segurança Interna. 
Em comunicado, o SSI adianta que, após reunião extraordinária do Conselho  de Segurança da Ponte 25 de Abril, a 04 de outubro último, foi emitido um  parecer técnico desfavorável à realização do evento para o itinerário da  marcha comunicada pela CGTP e que o documento foi transmitido aos gabinetes  dos presidentes das Câmaras Municipais de Lisboa e Almada e à PSP, enquanto  Autoridade Policial territorialmente responsável pela segurança. 
A sustentar o parecer técnico desfavorável são invocados "diversos riscos  de segurança", em especial o "número desconhecido de participantes", a "inexistência  de meios preparados para garantir a segurança dos equipamentos e dos acessos  à plataforma ferroviária da ponte" e ainda o que "toca à gestão dos acessos"  à dita infraestrutura. 
Esta posição surge depois de a CGTP ter enviado às Câmaras Municipais  de Lisboa e de Almada uma comunicação de marcha contra a exploração e o  empobrecimento, a 19 de outubro, cujo percurso incluiria a ponte 25 de Abril.

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